A muito não escrevo, na real só faço isso quando me dá muita vontade, pois apesar de amar escrever é bem desmotivador o fato de despender um tempo para fazer um post (pois não é tão simples para alguém que não manja tanto de computação) sendo que esse blog tem pouquíssimas visualizações. Por isso muito obriga a quem acessou e leu essas linhas pelo menos ate aqui.
O motivo pelo qual me tornei atéia. Confesso que poucas pessoas me perguntar isso, pois quase ninguém sabe disso, a maioria das pessoas que me conhecem me conheceram quando eu ainda era Espírita (pois é, fui da “macumbinha boa”). Sempre fui espírita, meus pais são espíritas e boa parte da minha família também. Embora nunca tenha sido uma assídua freqüentadora de Centros Espíritas eu de fato acreditava em todos aqueles ensinamentos, tive pouco contato com a bíblia e do pouco que vi realmente achava uma balela (com todo o respeito aos Cristãos). Por volta dos meus 15 anos conheci uma garota a quem passei a admirar muito e por sorte ganhei sua amizade, e ela era Ateia. Não em tornei ateia no mesmo instante, mas a respeitava e via nelas qualidades de um Ser Humano Magnânimo, ai digamos que, minha mente “se abriu”, vi que havia a possibilidade de “pensar diferente” . Por essa altura tive uns problemas, uns “graves problemas” que me fizeram me agarrar novamente na religião, eu acreditava que Espíritos de Luz iam me ajudar. Realmente eu superei tudo, a certo momento tudo ficou para traz, mas hoje vejo que não foi a religião ou Deus que me ajudou, a minha crença foi só um alivio psicológico, confesso que ajudou, mas não era a Verdade.
E o tempo passou e passou, me desliguei um pouco da religião, mas ainda crendo, ate que me bateu uma tristeza sem tamanho. Depressão ? muito provavelmente, o fato é que a vida estava ficando “pesada”. Problemas diluídos em uma”Mar de Solidão” que carregava dentro de mim, acordar a cada dia era uma tortura. Mas dessa vez não foi para Centros Espíritas e nem procurei por Médiuns, eu sofri calada e decidi resolver isso da maneira mais definitiva possível, por um fim na minha existência. Eu de realmente optei o suicídio, mas um suicídio de fato, eu não planejava cortar meus pulsos estrategicamente 5 minutos antes de alguém chegar em casa, eu desejava morrer verdadeiramente . Pela Doutrina Espírita um suicida vai para um lugar chamado Vale dos Suicidas, uma espécie de inferno para quem se atreveu a dar cabo de sua própria vida, durante muito tempo isso vez muito sentido para mim, afinal nos estamos aqui nesse mundo para aprender e não demos o direito de recusar a vida que Deus nos de,eu confesso que achava que pessoa assim deviam sofrer até compreenderem o erro, mas quando eu me vi do outro lado da questão a coisa mudou de figura. Eu não estava querendo “Matar a Vida” eu estava querendo matar a dor e a idéia de encontrar mais dor “Alem da Vida” não estava me parecendo nada justa. Pra mim o espiritismo era a religião mais correta na face dessa terra, e a que melhor pregava o amor e a caridade, mas de repente eu me vi com um destino nada “bondoso” a me esperar. Para mim isso passou a ser uma contradição que começou a corroer minha Fé.
Comecei a fazer pesquisas sobre religiões e seitas, qualquer espécie de fé que aceita-se bem o suicídio, mas tudo que encontrei eram dogmas que ao meu ver eram absurdos, fantásticos e que para mim tava mais para Lendas.
Comecei a me ver cada vez mais distante de religiões, nada se esmiuçado e refletido me parecia aceitável, justo ou com algum nexo, coisas muito contraditórias e nada bondosas. Nessas minhas pesquisas topei com vlogs ateístas, o que foi a gota d’água. Não pensem que os Vloger me levaram ao ateísmo, esta claro que a minha fé estava muito abalada, eu simplesmente digeri melhor os argumentos deles, ouvi opiniões mas as minhas conclusões finais surgiram do meu meditar sobre o que estudei e vivi ate aquele momento.
A idéia da morte ficou distante, a morte provocada intencionalmente por mim, em plena consciência e em poder de todas as minhas faculdades mentais. Racionalmente o mais provável é que essa vida seja única, não haverá outra, nem em um “planos espiritual”, em um possível renascimento ou reencarne. Minha dor não evanesceu de uma hora para outra, mas estava disposta a tentar aproveitar ao maximo a vida, minha única vida pois provavelmente não haverá outra. Percebi que “Deus” não estava ao meu lado para resolver meus problemas, eu teria que tomar coragem e agir. Eu vi que sou totalmente responsável por mim e que desistir não valia a pena.
Não pense que quando cheguei a conclusão da provável inexistência do sobrenatural fiquei desolada, muito pelo contaria, agora estava Livre, e isso me faz mais feliz do que a religião um dia me fez, e me sinto Magnífica em saber que sou a obra de Bilhos de anos do Universo do que em acreditar que sou cria de um Poderoso, mas completamente Insano,ser.